segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A escrita chinesa

Mostra leva o visitante a uma viagem da pré-história à era da informática.

Os caracteres singulares, inscritos de modo inconfundível, têm sido usados há milhares de anos em todo o mundo para significar ideias e coisas. A escrita chinesa é uma das mais antigas conhecidas e a única língua arcaica ainda viva. Constitui um fator de coesão da nacionalidade e um traço de ligação entre a China e outras nações.

O Instituto Confúcio na Unesp, em parceria com a Embaixada da República Popular da China, apresenta a exposição A escrita chinesa – das inscrições oraculares aos dígitos binários, de 27 de agosto a 10 de setembro, no Instituto das Artes da Unesp. A mostra é uma oportunidade para conhecer esse importante legado para a história da humanidade e descobrir curiosidades sobre uma cultura milenar.

Ao todo, são 84 painéis explicativos que levam o visitante a uma viagem da pré-história à era da informática, além de 17 peças originais, entre ossos, cerâmicas e vasos, de diversos períodos. A exposição ainda promoverá outras atividades ao longo de suas duas semanas, como mostras de filmes chineses, oficinas de caligrafia e visitas monitoradas.

A escrita chinesa – das inscrições oraculares aos dígitos binários. Quando: 27 de agosto a 10 de setembro de 2009. De segunda a sexta, das 9 às 18h; sábado, das 9h às 13h. Onde: Instituto de Artes da Unesp - Rua Dr. Bento Teobaldo Ferraz, 271 (em frente ao Terminal Rodoviário Barra Funda). Quanto: Entrada gratuita. Contato: info@institutoconfucio.unesp.br ou 3107-2943.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Primeira edição da revista digital BUDÔ


Já está disponível para download o primeiro número da nossa revista de artes marciais, Budô
A Revista BUDÔ é um projeto muito antigo, com quase dez anos. Problemas diversos, crises internacionais, mudanças de governo e outros fatores seguraram seu lançamento até agora. Você terá em suas mãos uma publicação profissional da mais alta qualidade. A BUDÔ é uma publicação feita com o mesmo cuidado e o mesmo profissionalismo que uma publicação em papel, por profissionais experientes do meio editorial.
1- Profissionalismo em reportagens, artigos e diagramação
2- Periodicidade mensal e distribuição totalmente GRATUITA
3- Matérias sobre artes marciais orientais tradicionais
4- Divulgação da cultura e da filosofia oriental
5- Respeito às tradições marciais e ao espírito marcial
Nas páginas de BUDÔ você vai encontrar entrevistas com grandes Mestres, técnicas passo-a-passo, filosofia oriental, costumes, artigos sobre a cultura do Oriente, biografias, história, cinema, contos zen e taoístas e tudo o que você sempre quis saber sobre artes marciais tradicionais e não tinha onde encontrar. Fique à vontade para ler e distribuir para seus amigos. E também para nos escrever, mandando sugestões, críticas e observações sobre nossa revista e o universo marcial em geral. As cartas mais interessantes serão publicadas à partir do próximo número. 
Nesta Edição:
Glossário Básico de Aikidô
GODUP - A Arte da Mentira
A Filosofia Oriental dos Cavaleiros Jedi
Templo JOGAN-JI FUDO MIYÔ
Entrevista com o Mestre Tony Garcia
 
Seções
NEWS: Mudança de regras do Judô
CINEMA: Acidentes de Jackie Chan - Ip Man, O Filme
ARMAS: Tonfa
CONTO: O Samurai e o Mestre Zen
CURIOSIDADES
PENSAMENTOS
CULTURA
    

Problemas com a acupuntura

Às vezes fazemos a coisa certa na hora errada...

Culinária coreana - Kimchi


A culinária coreana ainda é muito pouco conhecida e apreciada em nosso país. Pena. Existem pratos maravilhosos como o Bulgogui, um churrasco feito na hora, na mesa do cliente, com um molho adocicado divino. O que se pode estranhar um pouco é a quantidade de pimenta que eles utilizam - até nas verduras e legumes. A primeira vez que eu comi comida coreana quase tive um troço. Achei que o molhinho vermelho que cobria as verduras e carnes empanadas era molho de tomate... Custou caro a ingenuidade mas aprendi uma lição valiosa: nunca peça refrigerantes ou água com gás, pois o gás reage com a pimenta e piora a situação.

Um tipo de alimento bem característico e fundamental da cozinha coreana é o Kimchi. Trata-se de verduras colocadas em conserva de sal, pimenta e condimentos., apreciada desde os tempos tribais na Coréia. Conservar alimentos sempre foi um desafio necessário em todas as civilizações e os coreanos desenvolveram vários tipos de conservas. Existem vários tipos de Kimchi, mas o mais comum é rechear folhas de acelga chinesa salgadas com uma pasta feita de pimentas vermelhas e outros ingredientes amassados. As receitas variam muito, de familia para família e de região para região da Coréia, embora a idéia básica seja a mesma.
O Kimchi é um dos alimentos tradicionais básicos da dieta coreana e é muito rico em vitamina C, sais minerais e fibras. Seu sabor forte vai muito bem acompanhado de arroz branco (claro, os orientais não comem arroz integral. Ou você não sabia disso?). A pimenta vermelha é excelente para a saúde, rica em vitamina C e que promove uma limpeza do sistema respiratório. É particularmente importante em latitudes frias como no Norte da Coréia.
Um pouco de pimenta é sempre muito bom e não mata ninguém. Você devia experimentar.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Sejamos razoáveis!



Ao longo de mais de três décadas dedicadas à divulgação da cultura oriental, seu estudo e prática, me deparei com várias pessoas que não podiam compreender nem o menor fragmento do pensamento oriental. Existem diferenças entre o modo de pensar oriental e o ocidental, coisa que muitas vezes foge ao nosso entendimento. Essas diferenças, por menores que sejam, podem comprometer nossa compreensão de conhecimentos importantes.
Lin Yutang, filósofo chinês contemporâneo, escreveu algo muito interessante sobre uma característica chinesa que só os que estudam sua cultura com mais profundidade percebem: o ato de ser razoável. Segundo ele, é uma das características mais marcantes do povo chinês.
De acordo com essa idéia, quando alguma informação chega até nós devemos pesar se ela é "razoável" para ser aceita. Se alguém me diz que pode comer 5 cachorros-quentes seguidos, aceito a afirmativa pois a considero "razoável". Não é algo que fosse extremamente fora do comum. Se, ao contrário, me afirma que pode comer 50, bem, aí preciso ser convencido. Esse método de pensar parece fácil, mas requer uma qualidade que está em declínio hoje em dia: o bom senso.
A mentalidade ocidental muitas vezes exige "provas" e "provas" de tudo o que afirmamos. Um pouco de bom senso, do que Yutang chamava de "ser razoável", poderia simplificar bastante nossa vida. Não sou um escritor acadêmico, mas apenas um divulgador de informações. Já fui muito criticado por não fornecer as intermináveis listas de referências bibliográficas em cada um de meus textos. Disseram que meus textos eram baseados apenas em minhas experiências. Ora, o que tem de mais nisso? Se a informação for útil a você, fique com ela e aproveite. Se não for, descarte-a. Se tem dúvidas, experimente-a você mesmo. Nenhuma referência remota pode sobrepujar a sua própria experiência direta. De qualquer modo, se alguma coisa lhe pareceu interessante ou equivocada, basta uma pesquisa rápida no Google para descobrir tudo sobre o assunto. Nem sempre se necessita de um referencial nesta era da internet.
Deveríamos manter essa idéia de bom senso em tudo o que fazemos. Muitas vezes não precisamos de que outra pessoa prove o que diz ou mostre que muitas outras pessoas concordam com ela. Apenas sinta seu interior e veja se parece razoável. Se for, aceite e use a informação com sabedoria. 
Um mundo mais razoável teria menos guerras e menos incompreensões simplesmente porque seríamos menos desconfiados. Ser razoável diminui o estresse e melhora a saúde e o bem-estar. Acha que estou exagerando? Pense bem sobre isso e veja se não é razoável.